Libanês que matou mulher e enteados em SC: o que se sabe e o que falta saber
13/09/2025
(Foto: Reprodução) Delegado Rafaello Ross detalha dinâmica de chacina em Joinville, SC
A Polícia Civil investiga o crime que chocou a maior cidade de Santa Catarina. Em Joinville, no Norte do estado, um libanês de 49 anos matou a tiros a companheira, de 40, os dois enteados, de 11 e 15 anos, e tirou a própria vida. Ele também baleou a sogra, de 65 anos, que sobreviveu, mas segue no hospital em estado grave.
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Confira abaixo o que se sabe e o que falta saber sobre o crime.
Quando e onde o crime ocorreu?
Quem é o autor?
Quem são as vítimas?
Há sobreviventes?
Qual foi a motivação para o crime?
Qual o andamento da investigação?
Cronologia do crime
O que falta esclarecer
Libanês com companheiro e os dois enteados
Reprodução/Redes sociais
Quando e onde o crime ocorreu?
A chacina aconteceu na madrugada de quinta-feira (11), na casa da família, localizada no bairro Saguaçu, em Joinville.
Quem é o autor?
Segundo a Polícia Civil, o autor do crime foi identificado como Ramzi Mohsen Hamdar, libanês de 49 anos, companheiro de Ingrid Lolly e padrasto das vítimas. Ele morava em Joinville há pelo menos 25 anos e vivia com Ingrid há cerca de um ano.
Ramzi tem dois filhos de um relacionamento anterior e uma filha que vive fora do Brasil.
O suspeito já tinha antecedentes criminais registrados em 2022 e 2023. De acordo com o delegado Dirceu Silveira, ele cumpriu medidas cautelares e possuía uma medida protetiva relacionada à ex-companheira e aos filhos que teve com ela.
"As informações que a gente tem é de que se tratava de uma pessoa violenta. Tinha um histórico anterior de agressão de violência doméstica", resumiu o delegado sobre o libanês.
Libanês mata mulher, dois enteados e atira na sogra em Joinville
Reprodução/Redes Sociais
Quem são as vítimas?
As vítimas foram identificadas como:
Ingrid Lolly Araújo Silva Berilo, de 40 anos;
Davi Silva Pires, de 15 anos;
Letícia Santana Silva, de 11 anos.
Há sobreviventes?
Sim. A Polícia Militar foi acionada e, ao fazer uma varredura no imóvel, encontrou a sogra do suspeito ainda com sinais vitais, segundo o delegado Rafaello Ross.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamado e levou a idosa ao Hospital São José, em Joinville, onde ela passou por cirurgia. O hospital informou que a sogra seguia internada em estado grave até o final da tarde dessa sexta-feira (12).
Qual foi a motivação para o crime?
A Polícia Civil disse que a motivação para o crime está relacionada ao histórico violento do homem, após uma discussão durante a madrugada.
"Isso tudo [histórico do suspeito] somado aos relatos iniciais dos vizinhos e do próprio irmão do suspeito, que foi ouvido no local, indicam que o crime foi passional, familiar, impulsionado por uma discussão durante a madrugada que acabou culminando nessa tragédia", declarou Ross.
Qual o andamento da investigação?
A Polícia Civil já trabalha com uma linha de investigação baseada no histórico violento do suspeito e nos relatos de testemunhas.
O revólver que teria sido usado no crime foi encontrado na casa e apreendido. O delegado explicou que a arma passa por exame pericial para que se possa afirma com certeza que foi usada para cometer os homicídios.
Na apuração, a Polícia Civil vai ouvir o relato das pessoas que escutaram a discussão do casal e os tiros e dos policiais que atenderam o caso. Além disso, aguarda o resultado dos exames dos corpos e os laudos sobre a perícia no local do crime.
Até a noite dessa sexta-feira (12), não foi divulgado se há imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a esclarecer o crime.
Cronologia do crime
A investigação policial aponta que houve uma discussão entre o casal antes da chacina. Ramzi teria atirado primeiro contra a companheira, Ingrid. Em seguida, matou a enteada de 11 anos, que estava em outro cômodo, e depois o adolescente de 15 anos. A sogra foi baleada logo depois. Por fim, o homem tirou a própria vida.
Vizinhos disseram à polícia que ouviram mais de 20 disparos e gritos vindos da casa durante a madrugada. Segundo o delegado regional Rafaello Ross, o casal enfrentava problemas conjugais e financeiros.
O crime foi descoberto após o irmão de Ramzi chegar em casa e encontrar Ramzi morto no chão e com uma pistola calibre .380 na mão. Ele então acionou a Polícia Militar.
O que falta esclarecer
Outro ponto a ser esclarecido é se a arma possui documentação. Investigadores também tentam esclarecer se o crime foi ou não planejado e se as vítimas estavam dormindo no momento dos disparos.
Infográfico - chacina em Joinville (SC)
Arte/g1
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